ISPN, IPAM e Rede Cerrado lançam juntas uma série de postagens sobre a diversidade e os modos de vida dos povos e comunidades tradicionais do Brasil, voltada exclusivamente para as redes sociais das organizações. O objetivo é alcançar um público amplo, especialmente aquelas pessoas que desconhecem a pluralidade do país, povoado por diferentes segmentos tradicionais que vivem, produzem e conservam o meio ambiente. A campanha de conscientização se inicia neste mês de fevereiro e vai até fim de abril, com conteúdo novo todas as terças-feiras.
Para além das comunidades indígenas e quilombolas, o Brasil possui dezenas de outros segmentos de povos tradicionais com cadeira de representação no Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais. São apanhadores de sempre vivas, quebradeiras de coco babaçu, geraizeiros, retireiros do Araguaia, comunidades de fundo e fecho de pasto, pescadores artesanais e tantos outros. Apesar do reconhecimento do Estado dado pela legislação federal, essas comunidades ainda sofrem com a invisibilidade que lhes é imposta e que prejudica o alcance de políticas públicas que atendam suas necessidades.
Um mapeamento realizado em parte do bioma Cerrado pelo IPAM e ISPN, em parceria com a Rede Cerrado, que considerou uma área de 320 mil km2 na região do “Matopiba” (fronteiras entre os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), mostra a existência de 3,5 vezes mais povos e comunidades tradicionais do que revelam os dados oficiais. O número ilumina um problema de ordem nacional: a invisibilidade de centenas de populações. A série de postagens para redes sociais “Raízes” visa, portanto, incentivar o reconhecimento amplo dessas comunidades e conscientizar sobre modos de vida diversos que existem no território brasileiro.