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ISPN se posiciona pela continuidade de Projeto que ajuda a proteger o Cerrado brasileiro

6 de abril de 2020 - Cerrado - Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN)

Em nota, o ISPN (Instituto Sociedade, População e Natureza) convida autoridades públicas, agências de cooperação internacional e parceiros no campo da filantropia para mobilizarem esforços em prol da continuidade do monitoramento do desmatamento e das queimadas no Cerrado, realizado dentro do Projeto de Desenvolvimento de Sistemas de Prevenção de Incêndios Florestais e Monitoramento da Cobertura Vegetal no Cerrado Brasileiro, também conhecido por Projeto Monitoramento Cerrado. Segundo seu órgão executor, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as atividades da iniciativa encerram em dezembro de 2020. Isso representa uma grande perda para o país, pois a continuidade do monitoramento é central para o desenvolvimento sustentável do Cerrado, sobretudo para o aprimoramento de políticas ambientais de redução do desmatamento e conservação da biodiversidade.

A Nota enfatiza que, em um cenário ideal, o orçamento público deve subsidiar a continuidade do serviço prestado pelo INPE. No entanto, diante do desmonte de políticas ambientais e da desconstrução dos espaços de participação social, frutos do atual contexto político, esse é um cenário distante. Dessa forma, é preciso mobilizar outros agentes para garantir cerca de US$ 1,5 milhão para o ano de 2021, o que permitirá que uma equipe de mais de 40 pessoas não comece a ser desmobilizada a partir de julho deste ano.

O Cerrado possui grande relevância para a biodiversidade global e é peça chave no abastecimento de água para diversos estados do Brasil e países vizinhos. O Bioma também tem posição estratégica para a economia nacional, com forte produção de commodities agrícolas. Nesse sentido, além de contribuir para políticas públicas de conservação, o monitoramento realizado pelo INPE serve para verificar a conformidade da produção agrícola brasileira em acordos comerciais internacionais e diferentes mecanismos de mercado de combate ao desmatamento. Segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento (Prodes) do Cerrado, divulgados em dezembro de 2019, o Bioma permanece com um índice alto de desmatamento, com 6.483 km² devastados, e com um crescimento de 15% do desmate nas Unidades de Conservação (UC). Entre 2009 e 2019 o Cerrado perdeu 101,8 mil km2, contra 67,7 mil km2 desmatados na Amazônia no mesmo período, o que reforça o status de bioma mais ameaçado do país, e a atenção com a continuidade do monitoramento realizado pelo INPE.

Clique aqui e confira a nota na íntegra

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