Eles vivem no Cerrado há mais de 12 doze mil anos, sempre convivendo em harmonia com o meio ambiente. Eles são a representação atual da nossa sociobiodiversidade enquanto conhecedores e guardiões do patrimônio ecológico e cultura da região.
São mais de 80 etnias indígenas presentes no bioma, além dos quilombolas, trabalhadoras e trabalhadores extrativistas, geraizeiros, vazanteiros, quebradeiras de coco, ribeirinhos, pescadores artesanais, barranqueiros, fundo e fecho de pasto, sertanejos, ciganos, entre tantos outros.
Esses povos e comunidades de cultura ancestral vivem, principalmente, do extrativismo, do artesanato e da agricultura familiar. Seus modos de vida são importantes aliados na conservação dos ecossistemas, pois formam paisagens produtivas que proporcionam a continuidade dos serviços ambientais prestados pelo Cerrado, como a manutenção da biodiversidade, dos ciclos hidrológicos e dos estoques de carbono.
Conheça um pouco mais sobre nossos povos e comunidades tradicionais:
Instituída por meio do Decreto 6.040 de 7 de fevereiro de 2007, a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) busca garantir o reconhecimento e a sustentabilidade dos povos e das comunidades tradicionais, por meio do fortalecimento dos seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais, com respeito e valorização às suas identidades, formas de organização e instituições.
De acordo com a PNPCT, povos e comunidades tradicionais são “grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição”.