Na contramão do atual modelo de produção agropecuária que tem forte relação com a monocultura e com a concentração de terras, o pastoreio segue como base da subsistência de muitas pessoas que vivem no Cerrado e na Caatinga ligadas por laços de cumplicidade e parentesco.
Os modos de vida das comunidades de fundo e fecho de pasto estão diretamente ligados à terra e ao bioma onde vivem. Eles desenvolvem atividades como a criação livre de animais de pequeno porte, principalmente cabra e bode, e de gado – que se alimentam da própria vegetação nativa – como alternativa a uma agricultura em uma região marcada pela seca.
Além disso, em fundos e fecho de pasto as comunidades compartilham uma área sem cercamento. Cercas, nessas áreas, só para proteger os lotes de plantações – que são cultivados essencialmente para o consumo das famílias – e os pequenos animais, como as galinhas, de outros maiores.
Assim como outros povos e comunidades tradicionais, o dia a dia desses camponeses se faz na luta pelo direto à terra, na manutenção do seu território e no direito de produção e reprodução da sua cultura.
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